O Bordado é a arte de enriquecer com pontos
decorativos a textura de um tecido e realçar a sua beleza. Pode ser
realizado sobre qualquer material flexível, desde couro até gaze, com
fios diferentes, e ser enriquecido com vários tipos de ornamentos, como
pérolas, pedrarias e etc.
Uma característica do bordado é que as técnicas e fundamentos de
origem são as mesmas até os dias atuais. Isto quer dizer que os pontos
básicos são sempre os mesmos: ponto cadeia, ponto caseado, ponto cetim,
alinhavo e o ponto de cruz.
História do Bordado
Conhecido desde a antiguidade, é difícil identificar a origem do
bordado uma vez que o tecido se desgasta com a ação do tempo, nos
restando outras artes como pintura e esculturas, além de documentos para
se traçar a história dessa antiga arte.
Um exemplo disso são fragmentos de tecidos com bordado a ouro, que datam de VII a.C., encontrados em tumbas de faraós egípcios.
Para os gregos, foi Minerva quem criou os primeiros bordados. Para
os Peruanos devemos a criação à Mama Ella, consorte do soberano Mango
Capac, e, segundo os chineses, este teria sido criado pela esposa do
Imperador Yao.
A Arte de bordar difundiu-se pela Europa Medieval quando passou a
ornamentar as vestes da nobreza e da Igreja Católica. Vestimentas,
objetos religiosos e peças do lar bordados eram considerados sinal de
riqueza e de status. Algumas técnicas foram levadas pelas imigrantes inglesas para os Estados Unidos no século XVII.
No Brasil, o bordado foi introduzido nos tempos coloniais.
BASTIDORES
Os
bastidores são utilizados para sustentar o tecido enquanto este está
sendo bordado. Embora não sejam necessários para todos os tipos de
bordado, facilitam a execução em alguns trabalhos, além disso, o tecido
colocado no bastidor é menos manuseado, o que evita sujeiras no mesmo.
Existem diferentes tipos de bastidores e a escolha é preferência pessoal.
LINHAS, TECIDOS E AGULHAS
A
combinação harmoniosa de tecidos, linhas e agulhas de tamanho e tipo
apropriados para fazer o ponto escolhido é que define grande parte da
beleza do bordado.
Linhas:
Podem ser de seda, algodão, linho, lã, metal e sintéticos. Eles
proporcionam diferentes efeitos. Para escolher o fio correto lembre da
seguinte regra: "não devem ser tão pesados a ponto de danificar o tecido
e nem tão leves a ponto de se tornarem invisíveis".
Tecidos:
os tecidos devem ter consistência para reter os pontos, flexibilidade
para permitir a passagem da linha e resistência para não sofrer desgaste
com o roçar da linha e agulha.
Agulhas: Existe
uma agulha específica para cada tipo de trabalho e saber escolher é muito
importante, tanto para o desempenho como para a qualidade que se quer obter em
um trabalho.As
melhores agulhas são feitas em aço, platina ou ouro. Agulhas feitas em outro material possuem
pouca durabilidade. A
utilidade de uma agulha é determinada pelo seu tamanho, pela sua espessura,
pela ponta afiada ou não e pelo tamanho do olho (buraco onde a linha é enfiada)
que determina que tipo de linha ou fio deve ser utilizado.
Para Costurar: Sharps Corrente - agulhas com pontas
afiadíssimas e cujos olhos são arredondados e pequenos.
Para Bordar: Darning e Crewel Corrente -
Elas possuem o mesmo tamanho de agulhas de mão em geral, porém, a ponta
é bem afiada e o olho é ligeiramente alongado.
Elas são muito utilizadas para bordados e aplicação, pois a ponta afiada
ajuda a perfurar mais de uma camada de tecido.
Tapeçaria: Tapestry Corrente - agulhas com pontas
arredondadas (sem pontas) e olhos grandes e alongados, ficando a cabeça achatada
e mais espessa que o corpo. Devem ser utilizadas
em tecidos de tramas abertas, como cânhamo, linho, étamine, tela etc. São utilizadas em ponto de cruz, alguns tipos
de bordados e tapeçaria em geral.
INSTRUMENTOS
Para
obter bons resultados é importante utilizar instrumentos adequados. A
tesoura deve ser pequena, afiada, leve e pontiaguda. O dedal deve se
encaixar comodamente no dedo. Sugerimos também um alfineteiro recheado
com serragem para guardar as agulhas e prevenir ferrugem.